COMISSÃO INTERSETORIAL SELO UNICEF 2013/2016

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quinta-feira, 28 de abril de 2016

12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos começa com lançamento novas ações de promoção dos direitos humanos


27/04/2016
Lançamento de aplicativo de celular para fazer denúncias de violações de diretos humanos e campanha de divulgação do Disque 100 marca abertura da 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, nesta quarta-feira (27). A solenidade conta com a participação da presidenta Dilma Rousseff e da ministra das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, e do secretário especial de Direitos Humanos, Rogério Sottili.
Também será lançado o relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura referente ao seu primeiro ano de atuação. O documento reúne os resultados das diversas visitas do Mecanismo à instituições de privação de liberdade.
Com o tema “Direitos Humanos para Todas e Todos: Democracia, Justiça e Igualdade”, a 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos segue até sexta-feira (29). O evento tem como objetivos consolidar as políticas de direitos humanos no Brasil e reafirmar os compromissos contidos no Programa Nacional dos Direitos Humanos.
Disque 100 agora no aplicativo Proteja Brasil - Mais um canal de proteção dos direitos humanos
O Disque 100 é um serviço de atendimento telefônico gratuito destinado a receber demandas relativas a violações de direitos humanos, e o principal canal de comunicação da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. Agora além de poder fazer as denúncias por ligação telefônica, também será possível fazê-las diretamente pelo aplicativo Proteja Brasil.
O aplicativo, que existe desde maio de 2014, além de mostrar a localização e os telefones das instituições especializadas mais próximas, como delegacias ou conselhos tutelares, se integra agora ao Disque Direitos Humanos e inaugura uma nova funcionalidade na qual é possível fazer a denúncia anônima dentro do próprio aplicativo.
Basta clicar no ícone denuncie e em seguida serão apresentadas quatro opções: ligar para o disque 100; denunciar local sem acessibilidade; violação na internet; e violação fora da internet. Basta escolher qualquer dessas opções que o aplicativo te guiará por diversos menus para identificar a violação.
Essa denúncia é encaminhada ao sistema da Ouvidoria que tem a competência de receber, examinar e encaminhar as denúncias, além de atuar na resolução de conflitos sociais que envolvam violações de direitos humanos.
Durante a cerimônia de abertura da conferência será apresentada também a nova campanha de divulgação do Disque 100, que tem como temática a superação das violações a partir da denúncia. Segundo a Ouvidora Nacional dos Direitos Humanos, Irina Bacci, a campanha tem a intenção de divulgar o Disque Direitos Humanos de uma forma positiva, ressaltando a importância da denúncia para a superação dos sofrimentos causados pela violação de diretos.
“A temática da campanha é de que é possível ser feliz depois de ter sofrido determinada violência, desde a pessoa que presenciou a violação denuncie. A partir da denúncia toda uma estrutura de rede de proteção é acionada e então é possível transformar o futuro daquela pessoa, que ao em vez de carregar as marcas da violência, carrega as marcas da superação”, disse.
Tatiane Araújo, Presidente da Rede Trans Brasil, é uma mulher transexual que reside em Aracaju, no estado do Sergipe. Para ela o Disque 100, além de um canal de denúncia, é um importante instrumento de dados estatísticos sobre violações de direitos humanos. Ela afirma que esses dados são usados de diversas maneiras pelos movimentos sociais no combate à transfobia e à violência de gênero, como forma de pressionar o poder público ao reivindicar suas pautas.
“A gente vai lá, leva uma denúncia que a travesti foi hostilizada e violentada, mas com os dados do Governo Federal, com os dados explicitados pela Secretaria Especial de Direitos Humanos isso é muito mais incisivo, tem um peso de orientação para os governos bem maior”, concluiu.
Relatório anual do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura
O relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, referente ao primeiro ano de atuação dos peritos, é o resultado de diversas visitas do Mecanismo à instituições que mantém pessoas privadas ou restritas em sua liberdade.
O documento aponta que as unidades de privação de liberdade visitadas apresentam um perfil violador dos direitos humanos. A tortura e os maus tratos foram observados como práticas sistemáticas nos estabelecimentos visitados.
No caso do sistema de justiça criminal e no sistema socioeducativo, a prática da tortura e maus tratos perpassavam todas as fases do processo de detenção, desde a custódia policial, até o cárcere. Nas unidades de saúde mental impera a lógica do submetimento contínuo, com excessiva contenção química e mecânica.
Nos três contextos eram comuns agressões, discriminação, superlotação e insalubridade. Constatou-se ainda a falta de transparência institucional e acesso a informação, havendo pouco ou nenhum registro de informações de rotina e ocorrências. Foram identificados ainda graves problemas de acesso à justiça, com diversas queixas de pessoas que alegavam desconhecer sua situação jurídica.
Além de identificar as condições de instalação e de tratamento às pessoas nos estabelecimentos visitados, o relatório também apresenta algumas medidas preventivas como: a criação de protocolos de uso de força; a criação de órgãos periciais com autonomia administrativa, política e financeira; e a realização da gestão direta por parte do Estado em suas unidades de privação de liberdade, revogando o modelo de cogestão com empresas da iniciativa privada.
O Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura é um órgão federal que realiza visitas a locais onde existam ou possam existir pessoas privadas ou restritas de sua liberdade, vítimas de tortura ou outros tratamentos cruéis, e elabora relatórios, notas técnicas, solicita perícias, e elabora sugestões sobre leis e regulamentos relativos à prevenção da tortura, visando a elaboração de políticas públicas.
Criado pela lei federal nº 12.847/2013, é fruto de um compromisso diplomático que o Estado brasileiro assumiu ao ratificar o protocolo facultativo da Convenção Contra a Tortura da Organização das Nações Unidas, e em cumprimento a esse protocolo não depende de autorização de nenhum órgão público ou autoridade para realizar o seu trabalho.
O órgão tem prorrogativa de livre acesso a todos os espaços e instalações de órgãos, instituições responsáveis por pessoas privadas de liberdade, sejam eles públicos ou privados, além do acesso a qualquer documento necessário ao seu trabalho, podendo também fazer registros audiovisuais, e realizar entrevistas, sem testemunhas, de quaisquer pessoas privadas de liberdade ou não, em local que garanta a segurança e sigilo. Acesse o relatório aqui.
 Assessoria de Comunicação Social - SDH 

FINAL DA X CONFERÊNCIA NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E ABERTURA DA XII CONFERÊNCIA NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS




 Abertura ontem (27) da XII Conferência Nacional dos Direitos Humanos
  Abertura ontem (27) da XII Conferência Nacional dos Direitos Humanos


  Abertura ontem (27) da XII Conferência Nacional dos Direitos Humanos


  Abertura ontem (27) da XII Conferência Nacional dos Direitos Humanos


  Abertura ontem (27) da XII Conferência Nacional dos Direitos Humanos


  Abertura ontem (27) da XII Conferência Nacional dos Direitos Humanos


 Final da X Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (27/04)
  Final da X Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (27/04)


  Final da X Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (27/04)


  Final da X Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (27/04)


 Final da X Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (27/04)
27/04/2016
“Já ouviram um ditado que ‘é de pequeno que se aprende’? Pronto, a minha proposta é LGBT. Vamos acabar com o preconceito desde de criança!”, disse Flávio, de 11 anos. Ele explicou que segundo o ECA toda criança tem que ser respeitada, “mas as crianças também têm que respeitar todas as pessoas”.
“Me representa!”, gritou a plenária final da 10ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CNDCA), refletindo o tom do encontro, que acontece em Brasília desde domingo (24). Quase quinhentos delegados crianças e adolescentes demonstraram que o protagonismo do segmento é possível e contribuiu para a elaboração de políticas públicas.
Rodrigo Torres, secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente destacou o caráter histórico da conferência, com representação recorde de crianças e adolescentes, um terço dos 1400 delegados. “A gente provou aqui que vale a pena investir no protagonismo e na participação de crianças e adolescentes, este é o principal legado e a principal conquista dessa conferência”, disse, na mesa de encerramento.
Salete Valesan Camba, diretora da Flacso Brasil, lembrou que a organização participou da elaboração do ECA e “hoje está lutando pela defesa e garantia dos direitos de cada criança e adolescente”. “Vocês conquistaram um espaço”, disse. “Não vamos abrir mão de conviver com as outras áreas de direitos humanos, vamos ficar cada vez mais juntos e lutar juntos”, concluiu.
A assembleia votou 66 propostas, resultado das onze Plenárias Temáticas – seis para delegados adultos, quatro para adolescentes e um grupo de trabalho de crianças – e três Plenárias de Eixos, que discutiram Reforma Política dos Conselhos de DCA, Construção e implementação do Plano Decenal e Política Nacional dos DCA.
As crianças delegadas quebraram o ritmo tradicional de votação e levaram para o palco da plenária um grande mosaico representando suas propostas, “que significam o que a gente quer para o futuro, para o plano decenal e para os nossos direitos”, explicou Flávio. “Tem muita criança lá fora que poderia estar aqui, mas elas não sabem nem que os direitos delas existem”, argumentou o menino sobre a proposta de maior divulgação do ECA. “O meu desenho é uma criança ensinando para um adulto o que é o ECA”, contou Maria Eduarda, de 11 anos.
A plenária aprovou quase 60 propostas. Entre elas: assegurar e efetivar a participação de crianças e adolescentes nos Conselhos de Direito, com voz, voto e garantia de acessibilidade; incentivar a formação política e o estudo do ECA e da Constituição Federal; disseminar através das redes de ensino a importância da participação de crianças e adolescentes nos espaços de incidência política; promover a articulação entre os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional de DCA, para formular e deliberar uma política pública integrada; articular com o Ministério Público a criação e regulamentação do Fundo da Infância e Adolescência (FIA) nos municípios onde não existe; elaboração de um plano orçamentário que estabeleça e implemente recursos financeiros para o Fundo da Infância e Adolescência (FIA); por meio de lei federal, incluir como condicionante de licenciamento e implementação de grandes projetos de mineração, hidrelétricas, madeireiras, entre outros, depósitos anuais pela empresa responsável de 5% de todas as condicionantes no FIA dos municípios impactados pelo projeto; garantir a inclusão do estudo dos direitos humanos de crianças e adolescentes no currículo escolar; criar um plano nacional de erradicação da violência letal contra crianças e adolescentes, priorizando a criação imediata de comitês a favor da desmilitarização da Polícia Militar com a participação de crianças e adolescentes, com voz e voto; entre outras.
A plenária terminou com o samba do Bloco Eureca, um projeto do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua. Os adolescentes levaram um bandeirão, confeccionado durante a conferência, representando suas causas e lutas. “Não é questão de querer, nem de concordar, os direitos da criança e do adolescente todos têm que respeitar”, cantaram.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Conferência das Crianças e Adolescentes debate propostas para uma Política Nacional


 X Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - GT 11
 X Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - GT Adolescentes

 X Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - GT Adolescentes

  4ª Conferência Nacional da Pessoa com Deficiência - GT


 3ª Conferência de Políticas Públicas de Direitos Humanos de LGBT,
 3ª Conferência de Políticas Públicas de Direitos Humanos de LGBT,

 3ª Conferência de Políticas Públicas de Direitos Humanos de LGBT,

 4ª Conferência Nacional da Pessoa com Deficiência - GT
 4ª Conferência Nacional da Pessoa com Deficiência - GT
 4ª Conferência da Pessoa IDOSA - GT (Grupo de Trabalho)
 Amiga do RN - Grupo de Trabalho - Idoso

 4ª Conferência da Pessoa IDOSA - GT (Grupo de Trabalho)


 4ª Conferência Nacional da IDOSA - GT (Grupo de Trabalho)

 GT 11 - CNDCA
 Grupo de Trabalho - GT 11 - CNDCA - EDUARDO VASCONCELOS

 Hora do almoço - 26/04

 Eduardo Vasconcelos na Defesa da Criança e do Adolescente
 Momento Cultural

EDUARDO VASCONCELOS - DELEGADO - GT 11 - CNDCA

 Movimento LGTB



26/04/2016
Durante a manhã dessa terça-feira (26) os 1400 participantes da 10ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CNDCA) se dividiram em onze Plenárias Temáticas, seis para delegados adultos, quatro para adolescentes e um grupo de trabalho de crianças.
Carolina Diniz, do G38 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), explica que houve uma preocupação de garantir plenárias construídas pelos próprios adolescentes. “A gente não queria uma conferência nem toda mista, onde adolescentes não teriam garantido o espaço de fala, e nem toda separada. O diálogo com os adultos também é importante”, explica.
Os grupos de adultos debateram seis eixos temáticos, que tem como objetivo o fortalecimento dos conselhos de direitos, a construção e implementação do Plano Decenal, assim como a elaboração de diretrizes para uma política nacional dos direitos da criança e do adolescente.
Cada uma das plenárias do segmento adulto vai escolher até 50% das propostas do Caderno de Propostas e debater as ações relativas à construção e implementação da Política Nacional dos DCA.
Adolescentes
Os quatro grupos de adolescentes discutiram a participação de meninas e meninos nos espaços políticos e a representação e diversidade na composição dos conselhos de direitos. Um terceiro grupo debateu a construção e implementação da Política Nacional da Criança e do Adolescente.
Carolina, do G38, explica que a demanda por essa metodologia própria surgiu dos adolescentes. “A gente pensou que o diálogo entre adolescentes e entre crianças fica facilitado, porque compartilhamos linguagens e experiências”, disse. Os adolescentes da equipe de organização pensaram elaborar místicas e dinâmicas para que o grupo se sinta confortável. Uma delas é a mandala, quando cada adolescente compartilha sua luta e perspectiva, dando sentido de “união e empoderamento”.
A delegada Débora de Freitas Cabral, 17, de Fortaleza (CE), conta que em espaços de atuação política “os adultos não dão vez para adolescentes, que não conseguem falar”. “Aqui a gente dá nossa opinião, compartilha emoções, sentimentos e experiências”, comenta.
A sistematização das propostas que saíram dessas plenárias foi feita por 24 delegados e delegadas dos próprios grupos, acompanhados de educadores e representantes do G38. Eles se reuniram em uma sala com cartolinas, pincéis, tinta, tesoura e lápis de cor para realizar uma sistematização lúdica.
Plenárias dos Eixos
Durante a tarde, os grupos de adolescentes e adultos vão se reunir para as três plenárias de eixos, que irão discutir: Reforma Política dos Conselhos de DCA; Construção e implementação do Plano Decenal; e Política Nacional dos DCA.
Cada plenária de eixo vai escolher até 70% das propostas debatidas, vindas das Plenárias Temáticas. Elas serão apresentadas amanhã (17) na Plenária Final e, referendadas, farão parte do produto final da 10ª Conferência Nacional DCA.
Conheça os temas das plenárias temáticas dos adultos: reconhecimento das deliberações dos conselhos; participação de crianças e adolescentes nos espaços de mobilização, formulação, deliberação e acompanhamento das políticas públicas; representatividade e diversidade na composição dos conselhos; garantia de autonomia administrativa e financeira dos conselhos; estratégias para construção do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes; estratégia de implementação do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes.
Assessoria de Comunicação Social
Fotos: Eduardo Vasconcelos

Aplicação efetiva das políticas públicas é a principal demanda dos participantes da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa


26/04/2016
Respeito, dignidade e implementação efetiva do Estatuto do Idoso e das políticas públicas voltadas a esse segmento da população são as principais demandas dos delegados representantes de diversos grupos, organizações e conselhos estaduais e municipais que participam da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, que integra as Conferências Conjuntas de Direitos Humanos, realizadas em Brasília.
Na manhã desta terça-feira (26), os delegados foram divididos em grupos de trabalho para debater e votar as propostas de cada um dos quatro eixos temáticos da conferência: gestão, financiamento, participação e Sistema Nacional de Direitos Humanos.
Os delegados estão empenhados para garantir que a Conferência seja realmente produtiva. "Todas as propostas enviadas pelos conselhos devem ser cumpridas. Já tivemos três conferências e muita coisa já se avançou na nossa legislação. Mas que não fique só no papel. Estamos aqui para cobrar a execução do que já existe e a ação efetiva do Estado", afirmou Agnaldo Batista, delegado do Território Litoral Sul/ BA, que representa 16 cidades de sua região na Conferência.
A delegada de São Paulo e presidente do Conselho Municipal de Valhinhos/SP, Vera Fritz, também reafirmou a importância de se exigir a aplicação das leis e das políticas já existentes. "Nessa conferência, temos que pensar no Brasil como um todo. Não podemos ter um olhar bairrista. A Política Nacional do Idoso já existe. Precisamos nos centrar para ver o que é viável. É muito fácil falar e escrever, mas o que já conseguimos na efetividade? Temos que aprimorar a comunicação entre os conselhos estaduais e o Conselho Nacional. Precisamos preparar o país para apoiar as próximas gerações de idosos", afirmou.
Já a delegada Maria Auxiliadora Cláudia da Silva, representante do município de Brejinho de Nazaré/TO, busca o aprimoramento das políticas sociais, relacionadas à cultura, lazer e ao desporto. "Nós precisamos de mais apoio social para o idoso ter mais liberdade e independência em sua vida, principalmente na financeira. Temos que lutar pelo direito da pessoa idosa de ter cultura, lazer e desporto, tais como atividades laborais, ginástica, e programas culturais e sociais que nos incluam", disse.
Serão apreciadas 103 propostas no Eixo I – Gestão, por cinco grupos de trabalho. Entre elas, a política de cuidadores. No Eixo II – Financiamento, 38 propostas serão apreciadas por dois grupos de trabalho, inclusive a que trata da criação de fundos estaduais e municipais destinados às pessoas idosas. Já no Eixo III – Participação, 33 propostas estarão em deliberação por dois grupos de trabalho e no Eixo IV - Sistema Nacional de Direitos Humanos, um grupo de trabalho apreciará 29 propostas. A saúde da pessoa idosa também é um dos temas em debate, especialmente sobre a criação de uma caderneta de saúde específica para facilitar o atendimento desse público.
Todos os debates e votações ocorrerão de forma articulada, com o intuito final de aprimorar as políticas públicas atuais e a conquista de direitos desse segmento. Após o debate, as cinco propostas mais votadas serão formalizadas, para apresentação e deliberação na plenária final, que está prevista para acontecer na próxima quarta-feira (27).
Assessoria de Comunicação Social

Participantes da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência conhecem nova tecnologia de acessibilidade


26/04/2016
As novas tecnologias para a inclusão de pessoas com deficiências são apresentadas quase que diariamente e alteradas conforme as necessidades de cada indivíduo. Para os cadeirantes, um dos maiores problemas enfrentados no dia-a-dia é a falta de autonomia na locomoção urbana, sentidas na falta de rampas, elevadores adaptados e portas que possam atender a demanda dessas pessoas, além da dificuldade de acesso aos ônibus de transporte municipal e estadual.
Pensando na dificuldade de acesso ao transporte de forma adequada, a Elevittá Elevadores LTDA, situada em Aratiba (RS), apresentou nesta terça-feira (26) aos participantes da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência o Elevador de Embarque Fácil, um marco tecnológico único em sua categoria. Representada pelo engenheiro mecânico Daylton Espig, a empresa trabalha desde 2013 para proporcionar mais acessibilidade à pessoa com deficiência.
O delegado José Cruz, ativista pelos direitos da pessoa com deficiência pela Bahia e um dos criadores do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência no Estado, falou dos pontos positivos e apontou melhorias ao equipamento. Para ele, cada avanço é uma vitória. “O que nós precisamos é ter total autonomia. Mesmo com alguns pontos a serem observados, estou muito impressionado com o elevador”, afirmou.
Cleidison Cruz também foi um dos participantes que comprovaram a tecnologia. Para ele, o importante é continuar evoluindo. “Antes, não tínhamos nenhuma facilidade de embarcar em qualquer tipo de ônibus. As coisas estão mudando, e presenciar e poder opinar nesses avanços é muito gratificante”, afirmou.
Segundo o engenheiro da Elevittá, a intenção é prover acessibilidade, conforto e segurança à pessoa com deficiência. “Nós já estamos em alguns estados brasileiros e queremos continuar trabalhando para aprimorar e atender de forma eficaz a qualquer pessoa com deficiência”. A tecnologia do Elevador de Fácil embarque já foi expandida para países como Costa Rica, Panamá e China.
Participação social, saúde e qualidade de vida foram alguns dos principais temas abordados na tarde desta segunda-feira (25), durante a 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. Os debates marcaram o início dos trabalhos dos eixos temáticos, que tem como objetivo debater as políticas públicas existentes e propor mudanças, a fim de garantir o protagonismo e o empoderamento da pessoa idosa, para que seja reconhecida como sujeito de direitos. 
O debate começou com a palestra da secretária Nacional de Assistência Social, Ieda Nobre de Castro, que tratou dos programas, projetos, ações e serviços previstos para o eixo temático sobre gestão. Segundo ela, o modelo de gestão tem que ser democrático. "A população idosa deve ser ouvida em suas necessidades. As provisões do Estado devem vir em forma de serviço e benefícios. Mesmo que a pessoa idosa não precise, o serviço deve estar disponível, de forma continuada. Um bom exemplo de benefício é a garantia de uma renda mínima significante", afirmou. A secretária também tratou do papel da assistência social no sistema de proteção aos idosos. "Os idosos abandonados, mau tratados, em situação de isolamento, excluídos devem ter uma assistência social, de forma que se interfira e crie uma dinâmica de respeito e segurança para a pessoa idosa e para a sociedade". 
A coordenadora da ONG Agenda Brasil 21 - Capítulo Brasília, Ester Bergui Albuquerque, apresentou dados sobre o financiamento de políticas públicas da pessoa idosa, e sobre a complexidade do sistema tributário nacional. "É um sistema injusto, regressivo, que incide mais sobre a renda dos mais pobres, principalmente dos idosos. Há uma iniquidade em como o recurso é arrecadado. O Estado tem um papel garantidor dos direitos em todas as suas dimensões. Deve ser um indutor de desenvolvimento para fortalecer a economia e reduzir as desigualdades sociais. As políticas transversais, como é a do idoso, têm que incidir sobre previdência, saúde, educação, segurança pública, organização agrária, cultura, desporto, lazer, infraestrutura, trabalho e renda", disse. 
Inovação 
O assessor especial da Casa Civil, Renato Simões, destacou que sem inovação não há avanços. "A participação social é um legado fundamental para a construção da democracia. Sem essa dedicação, sem esse entusiasmo, não teríamos muitas das conquistas aqui apresentadas. A democracia participativa é a que está menos regulamentada na lei e menos valorizada pelos governos. Agora, nessa conferência, estamos fazendo participação social de forma institucionalizada. Temos como lema a construção de novos direitos e a consolidação daqueles já conquistados. Estamos fazendo uma inovação metodológica na participação social", destacou. 
Também participaram do evento o procurador federal do Cidadão, Aurélio Virgílio Veigas Rios, e a representante do Conselho Nacional e procuradora do Estado de São Paulo, Cláudia Berê. São quatro os eixos temáticos: Eixo I – Gestão, que trata de programas, projetos, ações e serviços; Eixo II – Financiamento, que trata de fundos da pessoa idosa e orçamento público; Eixo III – Participação, que trata da política e controle social; e o Eixo IV – Sistema Nacional de Direitos Humanos.
 Assessoria de Comunicação Social