A campanha “Cuidar bem da saúde de cada um faz bem para todos. Faz bem para o Brasil” voltada para homens gays e bissexuais foi lançada, nesta terça-feira (2), durante 3ª Conferência de Políticas Públicas de Direitos Humanos de LGBT. A ação é uma parceria entre o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, das Juventude e dos Direitos Humanos para garantir saúde integral, atendimento humanizado e respeito para homens gays e bissexuais.
O objetivo é informar e conscientizar os profissionais de saúde, trabalhadores e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como toda a sociedade, sobre garantias ao atendimento dessa população sem discriminação, considerando as suas especificidades de saúde.
No lançamento, a ministra das Mulheres, da Igualdade Racial, das Juventude e dos Direitos Humanos, Nilma Gomes, ressaltou a importância de divulgar a campanha. “Queremos que essa campanha chegue ao interior do país para que todas as pessoas possam sentir os efeitos do respeito”, concluiu.
O secretário especial de Direitos Humanos, Rogério Sotilli, destacou: “Reconhecemos como é importante avançar nas políticas e diretrizes e vamos continuar avançando”, disse. Sotilli citou também as marcas da violência sofrida pela população LGBT. “Sabemos que há preconceito e não aceitação no mercado de trabalho, e a vida permeada pela intolerância”, afirmou.
O representando o Ministério da Saúde, André Bonifácio disse que os avanços para atendimento desse público são reais e citou uma música de Gonzaguinha. “Cuidar da saúde de cada um faz bem para todos nós. Temos de viver e não ter a vergonha de ser feliz”, disse.
Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, os homens vivem 7,3 anos a menos que as mulheres. A população masculina acessa menos do que as mulheres os serviços de saúde e apresentam maior vulnerabilidade às doenças. A população de homens gays e bissexuais se insere nessas estatísticas de mortalidade e morbidade masculina.
Estavam presentes, o secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Paulo Maldos; a presidente do Conselho Nacional de Saúde, Carmem Lucia Luiz, e a secretária de Acesso a Direitos e Equidade da Organização dos Estados Americanos (OEA), Ideli Salvatti.
Campanha
Em seus materiais impressos e on-line, a campanha traz orientações aos profissionais no acolhimento aos homens gays e bissexuais, mostrando suas necessidades de saúde, estimulando que o cuidado seja humanizado e considerando a sexualidade apenas um dos aspectos da vida e da saúde dessas pessoas.
Acesse o site www.saude.gov.br/saudelgbt e saiba mais sobre as políticas de saúde das populações de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transgêneros.
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